Quando falamos de ícones na cultura sneaker, alguns tênis vem à nossa mente, e um que sempre está lá com certeza é o Superstar.
Lançado originalmente em 1969 como um tênis de basquete de cano baixo, quem diria que depois de 50 anos, ele ainda seria um ícone de estilo nas ruas, não é mesmo? O adidas Superstar apareceu pela primeira vez com um cabedal em couro e um "biqueira" com desenho de concha, o famoso "Shell Toe" que mais pra frente, se tornou o apelido oficial do tênis.
Mas como que o Superstar ganhou a popularidade que tem hoje?
- Bom, tudo começou em 1970 com Kareem Abdul-Jabbar usando o tênis nas quadras de basquete e colocando ele no mapa.
- Alguns anos para frente e nos deparamos com o Run DMC em 1983. Foi quando o Superstar ganhou notoriedade no Hip-Hop e se tornou um ícone de estilo nas ruas. O grupo usava e ostentava o modelo sem cadarços e com a língua solta, junto com tracksuits da adidas, elevando a marca alemã a um novo patamar.
- Com o Superstar invadindo as ruas, os B-Boys foram os próximos a popularizar o modelo ainda mais, na década de 80 o "Shell Toe" se tornou o tênis obrigatório de todo B-Boy. Assim como o Run DMC, os B-Boys também criaram o seu próprio jeito de usar o Superstar, dessa vez com cadarços incrivelmente grossos, entramos na era dos famosos "Fat Laces".
- Em 1986, o Run DMC ataca novamente, dessa vez gravando a música "My adidas", como nós sabemos a música foi um grande hit e acabou rendendo um contrato de 1 milhão e meio de dólares para o grupo com a marca das três listras.
Esses são alguns dos pontos mais importantes que tornaram o nosso querido Superstar o ícone fashion que hoje. E já que estamos falando de ícones e momentos históricos, nós resolvemos fazer uma breve entrevista com o maior colecionador de adidas Superstar no Brasil, com uma coleção que chega aos seus incríveis 170 pares (sim, só de superstar)!
Então sem mais delongas, vamos conhecer um pouco mais do Renato Frederico, o Fredão, confiram a entrevista abaixo:
Sneaker Cult: Primeiramente muito obrigado por fazer essa entrevista conosco, você pode começar se apresentando para o nosso público?
Fredão: Opa, eu que agradeço o espaço! Meu nome é Renato, porém mais conhecido como Fredão (longa história hahaha), moro em Goiânia, tenho 33 anos e coleciono Adidas Superstar desde 2005.
SC: Porquê Superstar?
Fredão: Cara, em primeiro lugar, música. Na minha adolescência o Superstar era o tênis mais usado pela galera das bandas que eu curtia, Deftones, Limp Bizkit, Papa Roach... E tudo que eu queria eram só um Superstar e um boné vermelho dos Yankees (hahaha). E depois por ser uma silhueta ultra mega clássica e atemporal. Desde que comecei a colecionar, eu tive a certeza que iria amar esse tênis pra sempre!
SC: Quando você começou a realmente colecionar esse tênis em específico? A realmente focar a coleção em cima dele.
Fredão: Em 2005, quando rolou a coleção de 35 anos de aniversário do Superstar. E na época eu trabalhava em uma loja na qual conseguimos alguns pares dessa coleção, que foi muito limitada. Conseguimos 11 pares e eu peguei 3. Dai em diante eu resolvi que iria colecionar.
SC: Por morar em Goiânia e não em São Paulo onde temos "acesso" mais fácil aos últimos lançamentos, você acha que ficou mais difícil para construir a sua coleção?
Fredão: No caso do Superstar em específico, não. Pois não rola muito “hype” em cima dele. Porém a real é que na verdade o Brasil não recebe as edições mais fodas. Já a galera que eu sigo lá de fora (EUA e Europa), os caras têm tudo! Dá uma certa inveja (hahaha).
SC: Qual o seu Superstar favorito em sua coleção no momento?
Fredão: Ano passado eu consegui um dos meus grails, que é o “Adi Dasler” (2005), da coleção de 35 anos que eu citei. Foram feitos somente 700 pares dele e eu consegui um novo, meu número, na caixa, com tags, extra lace e incrivelmente ainda cheirando a novo. Esse eu me pego às vezes abrindo a caixa dele só para admirá-lo (hahaha).
SC: Qual Superstar ainda falta para sua coleção?
Fredão: Po, muitos, na verdade. Eu ainda me seguro muito pra pegar os meus “grails”. Afinal, tento colecionar de uma maneira “saudável”. Não compro um tênis e depois fico duro. Mas tem alguns na fila aí. To namorando um Undefeated, também da coleção de 35 anos. Vamos ver se eu tomo coragem de desembolsar os tais 700 dólares que o atual dono tá pedindo nele (hahaha).
SC: Tem alguma história curiosa que você já passou com algum Superstar da sua coleção?
Fredão: Em 2010 eu estava na Europa com uma namorada, e no último dia de viagem, entramos numa Foot Locker e vi um modelo que era exclusivamente feminino (porém lá fora fazem tamanhos grande dos femininos. No meu caso, 43). Eu tinha que levar ele. Porém eu não tinha mais grana, mas ela tinha (hahaha)! Pedi emprestado e ela não queria me emprestar, porque tinha achado o tênis ridículo (ele era todo “coloridinho” e o cadarço era de cetim azul bebê hahaha). Eu a convenci que a pagaria o dobro se ela deixasse eu levar ele. Ou seja, ela fez "resell" em cima de mim (hahaha)!
SC: Muito obrigado por compartilhar suas histórias conosco, ficamos ainda mais fascinados pelo Superstar e com certeza precisamos de uma entrevista mais aprofundada (hahahaa).
É, realmente o Superstar conseguiu criar um universo em volta dele, seja pela cultura sneaker, hip hop e até pelo basquete, o "Shell Toe" ganhou e ainda vai ganhar o coração de muita gente, poucos tênis conseguiram atingir o patamar do Superstar, e ele com certeza merece um espaço especial na história.
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